segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Os prazeres que desvanecem…

Há muito, muito tempo era para mim irrealizável que a noite não terminasse de forma magnificente, entre as brumas dos sonhos e o calor dos corpos pequeninos cujo odor inalava inebriantemente. Entre o coça-coça em jeito de ritual e pequenas estórias descobertas nos baús de férteis fantasias, o joão-pestana chegava sempre ao som da Laurinda linda linda és mais linda do que o Sol… trauteada quantas vezes num imponderável sopro, entre-dentes, tropegamente e com os versos trocados e quantas vezes imperceptíveis, mesclados de significados que eu, mais tarde, não conseguia interpretar. Mas elas, atentas - mais do que eu poderia imaginar – nas manhãs seguintes não deixavam de me lembrar: Papá, ontem inventaste imenso a música da Laurinda…

Para a NiNi, para a Mia, com um imenso e eterno AMOR e muitas saudades do tempo que teve o seu tempo, mas que nós soubemos deliciosamente apreciar.


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