Chili
“El Mariachi”
Como nem todos os segredos se podem
revelar… aqui ficam apenas algumas sugestões para um bom e picante chili,
versão “El Mariachi” / Luís Duque.
Digo apenas algumas porque, por exemplo,
não revelo as quantidades exactas. Sou giro que se reserve cerca de 150 gr de carne (picada) por
pessoa… o feijão – encarnado – pode ser de lata … ou seco, para os mais
exigentes… (neste caso convém deixá-lo dentro de água de um dia para o outro e
devendo ser cozido antes de preparar o chili).
Caso o feijão seja de lata, devem juntar-se todas as latas num tacho e
deixar ferver durante 5 minutos - pode juntar-se água, que será necessária lá
mais para a frente, por isso: Guarde-se
a água da cozedura
Começar por, num copo alto, colocar uma boa
dose de gin, água tónica, sumo de limão e gelo ( se estiver no verão). Se não se gostar de gin, não esquecer a
garrafa de tinto alentejano – um Talha de Ouro de 1996 escorrega que até mete
impressão e só não é divinal porque, como dizia Victor Hugo “ Deus apenas criou
a água, o homem criou o vinho… É que,
enquanto se prepara o chili é importante ir molhando os lábios !!! Mas, cuidado, é que este prato demora um bom
par de horas a ser preparado, o que pode dar para consumir toda a garrafa, não
sendo conveniente para quem não estiver habituado. Para além do mais, se pensar
em acompanhar o Chili com outra garrafita, o orçamento familiar até vai dar
pinotes…
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Depois
de já se estar bem acompanhado, prepare-se então o refogado (tradicional)
cebolas, duas ou três folhas de louro e muito alho, num tacho com azeite (puro
de preferência).
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Corte-se,
em pedaços não muito pequenos, um quarto de pimento verde, um quarto de pimento
encarnado, outro quarto de pimento amarelo e o quarto quarto será de pimento
laranja (a cor, claro). Juntar à
mistura do tacho depois desta estar aloirada. Uma pequena colher de “moutard de
Dijon”, que é como quem diz: um coche
de mostarda, dá-lhe ainda um toque sublime.
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Uns
minutos depois adicionem-se dois ou três tomates maduros, cortados em pequenos cubos.
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Quando
o refogado estiver no ponto, colocar
um pouco de concentrado de tomate.
Ok. A primeira etapa está praticamente
concluída. Deseja-se que a garrafa não…
Vamos então tratar da carne, que o caldo
está no bom caminho !!!
Num recipiente suficientemente grande meter
toda a carne previamente picada (pode misturar-se um pouco de chouriço para
intensificar o sabor). Temperar a carne
a gosto… (afinal, vou dar umas dicas: limão, sal, cominhos, açafrão, nós
moscada, louro, caril, pimenta cayene e um montão de malaguetas, ou não !!!)
Entretanto o refogado já está pronto, não
é? Então, misture-se um pouco da água
que cozeu o feijão e deixe-se ferver um pouco.
Junte-se a carne (uma mão bem cheia, de
cada vez) e vá-se mexendo, por forma a que fique solta. Adicione-se a água da cozedura do feijão na
quantidade necessária até cobrir toda a carne.
Deixe-se cozer a carne durante uns minutos.
Por fim, junte-se o feijão. Deve retirar-se o caldo, caso exista em
excesso.
Deixar em lume brando durante mais uns
minutos, até apurar convenientemente.
O acompanhamento preferencial é arroz
branco, solto, tipo Uncle Bean.
Nota do criador: Esta receita é
pessoal, embora, obviamente, transmissível, por isto, as quantidades, temperos
e forma de confeccionar são alteráveis, conforme os vícios do cozinheiro no
momento. Se tiver tempo e paciência pense em preparar esta receita com umas
horas de antecedência. A experiência ensinou-me que, de um dia para o outro, o
Chili fica extraordinariamente apurado… Não raras vezes me levanto de madrugada
para confeccioná-lo para o almoço ou o jantar desse dia, é certo que a meio da
manhã tenho de voltar para a cama de baloiço e pôr os pensamentos em dia,
especialmente se me fizer acompanhar do tal tintol Celestial…
Bom Apetite !!!